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PALESTRAS E ENCONTROS

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terça-feira, 18 de novembro de 2008

EXPERIÊNCIA HUMANA, COMPROMISSO COM A JUSTIÇA


A catequese deve partir da vida, onde ocorrem muitos fatos, ainda que nem todos tenham igual importância. Há experiências profundas no íntimo de cada pessoa. O Evangelho ilumina as experiências de vida, lugar de encontro com Deus.
Deus nos oferece a sua Palavra para dar à pessoa resposta as suas interrogações, como também aos acontecimentos sociais. Daí, que a catequese não só ilumina o íntimo da pessoa, como procurar esclarecer o que acontece em volta dela: na família, bairro, cidade, etc.
O Evangelho dá sentido a nossa vida. Jesus vive conosco uma situação histórica, política, religiosa, chamando-nos à fraternidade e à justiça.
É inevitável o nosso compromisso com a justiça de forma concreta junto aos nossos irmãos.
A justiça é a virtude que exige uma sociedade igualitária, respeito às pessoas, expulsando as desigualdades desumanas. Diante da competição desenfreada de nosso século, a justiça estabelece normas para melhor acolher os mais fracos, os excluídos, buscando igualdade para todos.
A justiça é fruto do amor, da fraternidade. Uma sociedade justa e igualitária é o feliz caminho para se obter a paz. A paz está inscrita no coração de todo homem como uma exigência da vida cristã.
A justiça e a fraternidade estão presentes em toda a história bíblica. Os profetas clamavam contra as injustiças cometidas pelos reis e pelos juízes que oprimiam os pobres.
Em muitos textos do Novo Testamento, a injustiça dos fariseus hipócritas é rejeitada. Eles julgavam ter alcançado a justiça pela realização externa das obras da Lei. Jesus condena esta atitude e ensina que: “se a justiça de vocês não for maior que a dos doutores da Lei e dos fariseus, vocês não entraram no Reino do Céu” (Mt 5,20).
São Paulo ressalta que “o Espírito é vida por causa da justiça” (Rm 8,10) e São João acrescenta em sua carta que “todo aquele que não pratica a justiça, isto é, que não ama o seu irmão, não é de Deus” (1Jo 3,10).
Em nosso continente, o documento de Medellin (II Conferência Geral do Episcopado Latino Americano, Medellin, Colômbia, 1968) destacou o tema da justiça social. O destaque maior e a necessidade mais urgente, conforme o documento, e a mudança social para que se transformem não apenas os indivíduos, mas também as próprias estruturas em que se baseia a nossa sociedade. Uma mudança que abranja os campos econômico, político e cultural.
A partir deste documento foram elaborados outros em nível nacional e Latino-americano. As Igrejas do nosso continente assumiram a tarefa de denunciar as injustiças sociais tão gritantes da sociedade. As comunidades se dedicaram ao estudo dos profetas, procurando ter maior senso crítico, viver o Evangelho, prolongando a missão de Jesus Cristo.
Neste sentido, o ideal e a prática da justiça fazem com que os cristãos participem da paz, que é um fruto do Espírito Santo; e porque criam um mundo onde o amor e a justiça se tornam presença de Deus entre nós.
Ao apresentar sua mensagem, a catequese deve orientar e promover o processo de transformação social, exigido pela atual situação de injustiça em que se encontram marginalizados um grande número de pessoas de nossa sociedade.

· Quais as experiências humanas que são importantes na transmissão do Evangelho? Por quê?
· Como podemos anunciar a justiça e denunciar a injustiça em nossos encontros catequéticos?

Fonte: Folheto Ecoando 7 - formação interativa com catequistas - Editora Paulus

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